Quantas vezes tive de matar pessoas!
De apagá-las do meu coração.
De apagá-las do meu coração.
fazê-las morrer...
Porque na verdade nunca “existiram”?
Eu tinha certeza.
Mas desvairada, estava errada!
Quantas vezes forcei-me a acreditar que logo passaria
A dor da decepção?
Quantas e quantas vezes tive de convencer-me de que a louca não era eu
E que aquelas pessoas tinham mesmo sido varridas da terra?
E por que tantas vezes precisei mudar os caminhos para não passar por seus túmulos,
O lugar onde sempre vivos estiveram?
Por que, se tantas vezes tentei arrancar o punhal do meu coração para enfiá-lo no dos outros?
Sem nenhum êxito, mantive-me ferida,
Mantive-me fingindo...,
Pressionando a faca com mais forca contra meu próprio peito,
Para que não morressem aqueles que eu ainda sonhava estarem vivos?
E por que escrevi tantos poemas sobre mortos?
E quantos desses mortos estão ainda vivos
E quantos desses mortos estão ainda vivos
Dentro de mim?
E quantos desses poemas são ainda lidos
Por aqueles que freneticamente matei
Para não ter que acreditar que ainda vivos me matariam se pudessem...
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