domingo, 21 de agosto de 2011

E NINGUEM VIU

Acordei, abri os olhos e entendi.
Ninguém, nada
O Silencio...
Cortado só pelo estranho som da minha própria respiração.
Ofegante, esforçada.
Na tentativa de nutrir meu corpo.
Ansioso, em arrepios!
Tão grande, tão forte...
E tão sozinho.

Acendo a luz...
Vivo agora num mundo.
Sem vozes,
Sem ninguém
Num mundo só meu.
Cheio de arte, cheio de sentimento.
DE DESEJO...

Ele é tão lindo...
E EU SEI DISSO!
Ele é tão criativo...
E EU SEI DISSO!
Ele é tão grande,
Tão verdadeiro...
E EU SEI DISSO!
Tão cheio de palavras e imagens,
De vontade.
Ahhh, tão incomum
E EU SEI DISSO!


Não foi criado por um deus,
Não é regido por anjos,
Não tem santos protetores,
Uma única pessoa...
E NINGUEM NOTA!

Aqui não chove.
As arvores não florescem,
Mas são como maquinas de fazer papel.
Aqui não há luz, mas há todos os tipos de cores...

À noite não tem lua pra me iluminar.
E de dia, não tem sol pra me aquecer.
Mas ele é tao lindo...
E NINGUEM SABE!

Às vezes, quando acordo,
Ali mesmo desejo que existam ao menos espíritos de paz,
Para que eu possa sentir que tenho companhia.
Gostaria que escutassem,
Para que pudessem me ouvir suspirar.

Por que não se sentam
E não me deixam mostrar o meu mundo?
Porque, juntos, nao criamos?
Está frio,
Mas...
Eu fiz coisas novas e...
Tive ideias!
Meus lápis estão apontados.
Tenho boa música!

Não, estou sozinha.
E EU SEI DISSO.
No meu mundo,
Que eu mesma desenhei,
Eu mesma colori!

E QUE NINGUEM SABE...

Mas nele, vivo agora presa a condenada a ficar sozinha pela eternidade.
Porque eu fiz um mundo...
E NINGUEM VIU.

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